quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

TEXTOS DE CARÁTER BIOGRÁFICO / AUTOBIOGRÁFICO


A escrita intimista e autobiográfica pode concretizar-se, entre outros, através de memórias, diários, autobiografias, cartas e até mesmo textos poéticos. De referir que a delimitação entre os três primeiros géneros citados nem sempre é nítida, o que muitas vezes gera dúvidas relativamente à classificação literária de determinados textos do género.

Na realidade, os géneros literários intimistas pressupõem um discurso virado para o eu(presente ou subentendido), predominando, por isso, formas verbais, pronomes e determinantes na primeira pessoa, bem como uma linguagem conotativa, subjectiva eemotiva.

Neste tipo de textos, o eu evoca experiências marcantes momentos, etapas, iniciativas da sua vida pessoal/profissional, a sua relação com quem/o que o rodeia, transmitindo simultaneamente assensações, sentimentos, emoções que essas vivências lhe despertaram.

Temáticas presentes nos textos autobiográficos:



  • Percursos/etapas/momentos de vida particular.
  • Relação consigo próprio/com os outros.
  • Recordação de vivências marcantes.
  • Atitudes e comportamentos.
  • Iniciativas/escolhas pessoais.
  • Experiências e suas consequências.
  • Individualidade/identidade.
  • Sentimentos/emoções.
  • Reflexão/meditação.
  • Conflitos/busca de paz interior.
  • Introspeção.
  • Perceções/sensações/captação através dos sentidos.

Ao nível da expressão, o discurso autobiográfico caracteriza-se por:


  • discurso na 1.ª pessoa;
  • predomínio do eu (presente ou subentendido);
  • formas verbais na 1.ª pessoa;
  • presença de pronomes pessoais (forma de sujeito e de complemento):
  • presença de determinantes e de pronomes possessivos (meu/minha …);
  • privilégio de linguagem conotativa e emotiva;
  • uso de nomes abstratos, adjetivação expressiva; verbos do domínio do “ser” (definição/permanência) e do “estar” (caracterização do momento);
  • pontuação sugestiva;
  • frases do tipo exclamativo e interrogativo;
  • utilização de recursos estilísticos.

    Relativamente ao texto autobiográfico, distinguem-se várias tipologias textuais:



Carta:

A carta possui uma vertente literária, sempre que trata temas profundos e complexos e se registam preocupações ao nível estético e da linguagem. Neste caso, trata-se do gênero epistolar.

Contudo, o mais frequente é situar-se entre a língua corrente e familiar, sendo o discurso predominantemente de primeira 



pessoa, com marcas de subjectividade e emotividade do emissor.

 Diário:


    O Diário é um dos géneros da literatura autobiográfica. O estatuto do diário é a confidência, assim o gesto diarístico decorre da necessidade de comunicação do eu consigo mesmo ou com os outros.

Marcas características


  • Datação;
  • Dêiticos;
  • Dados factualmente verificáveis;
  • Registro de língua familiar;
  • Confidências.
  • Desfasamento entre as datas dos excertos (não é obrigatória a existência de um registro diário);
  • Ordem cronológica das notas;
  • Caráter fragmentário (não há, necessariamente, um encadeamento lógico entre os registros);
  • Leitura descontínua (a leitura do registro de um determinado dia não obriga à leitura dos registros anteriores, sem que a compreensão fique forçosamente prejudicada com isso).

Género memorialístico:


As memórias pertencem a um gênero literário narrativo, cujo autor relembra acontecimentos passados e experiências vividas, transmite as suas emoções/sentimentos e apresenta simultaneamente realidades sociais, humanas e políticas. Daí que, não raro, surjam citações a pessoas ilustres e momentos históricos marcantes.

A narrativa memorialista tem um fundo histórico-cultural, sujeito embora à filtragem subjetiva de quem a produz.




  • Papel da memória (os acontecimentos são passados pelo crivo da lembrança. Esta, por vezes, necessita de ajudas: os memorialistas socorrem-se de documentação diversa, como o diário íntimo, as cartas, os jornais,...);

  • Escrita sobre si mesmo (“retrato de uma voz”);
  • Relevância do acontecimento narrado;
  • Fundo histórico-cultural (testemunho dum tempo e dum meio, somando ao relato de casos pessoais e familiares o de acontecimentos históricos e políticos);
  • Valor documental do texto (o memorialista presta um serviço aos vindouros, legando-lhes um testemunho)

 Biografia:




    É um documento escrito que conta a vida de uma determinada personalidade, respeitando a ordem cronológica.

    Na biografia devem constar datas, lugares, pessoas, acontecimentos marcantes da vida dessa personalidade.
    A biografia é redigida na terceira pessoa e pode apresentar-se, quer como um relato meramente informativo, quer como uma narrativa em que se evidenciem e valorizem aspetos marcantes do percurso do biografado.
    A biografia, conforme, por exemplo, o fim a que se destina, pode ter formas muito distintas que vão da simples nota biográfica ao livro.

 Autobiografia:




     A Autobiografia visa retratar a vida de uma pessoa, mas, neste caso, autor, narrador e personagem identificam-se, na medida que é o próprio quem narra a sua experiência vivencial.

    Trata-se de um discurso de primeira pessoa, pelo que assume um carácter subjetivo. O relato autobiográfico tem, em geral, um carácter mais expressivo do que informativo.
    A partir da memória, o autor recria vivências passadas, direta ou indiretamente relacionadas com a sua própria vida, podendo modificar a narração cronológica dos acontecimentos.

  As marcas linguísticas da autobiografia


  • formas verbais na 1.ª pessoa;
  • marcas de 1.ª pessoa nos pronomes pessoais e nos determinantes possessivos;
  • explicitação das coordenadas de enunciação (determinação das características do momento em que se escreve);
  • verbos epistémicos (acharacreditarcalcularconsiderarpensar,-suporreconhecer...),
  • verbos avaliativos (detestargostarlamentarsuportartolerar...),
  • verbos percetivos (ouvirsentirver...),
  • verbos volitivos (desejaresperarquerertencionar...),
  • verbos de rememoração (recordar-selembrar-se...);
  • projeção das ações num intervalo temporal lato;
  • conectores de ordenação temporal.
Outros recursos expressivos que contribuem para a subjetividade dos textos autobiográficos: a adjetivação, as repetições, as figuras de estilo, as interjeições e os sinais de pontuação como, por exemplo, os pontos de exclamação e as reticências.

 Diferenças entre a autobiografia e a biografia:


Autobiografia

- Texto predominantemente expressivo e subjetivo.
- Texto que acentua o percurso existencial do autor.
- Texto onde a ordem cronológica dos factos narrados pode não ser respeitada.
-  Texto predominantemente narrado na 1ª pessoa.

Biografia
- Texto predominantemente informativo e objetivo.
- Texto que acentua o percurso de vida do autor.
- Texto onde a ordem cronológica dos factos narrados é respeitada.
- Texto onde consta a data dos factos narrados.


Retrato  / Autorretrato


    O retrato é, muitas vezes, uma criação ficcional com função crítica, estética e poética.

    Pode partir dum referente real, mais ou menos fiel, dando, muitas vezes, lugar à denúncia das limitações de uma visão redutora – a caricatura.

    No autorretrato encontramos um eu que se olha, que se descobre no espelho de Narciso e que se apresenta a si próprio. O autorretrato é, pois, o retrato de uma pessoa feito por ela própria.


    Na elaboração de um retrato ou autorretrato, enquanto produção literária, dever-se-ão salientar:
- traços importantes do aspeto físico (aparência, estatura, tamanho, modo de andar, cabelos, tom de pele, rosto, olhos, nariz, boca, vestuário…);
- qualidades psicológicas (personalidade, comportamento…);
- características sociais (meio ambiente, profissão, hábitos…).

Fonte: http://letrasemarmamar.blogspot.com.br/p/textos-de-carater-biografico_23.html; acesso em 17.02.2016.

Gêneros Textuais

Os textos que circulam socialmente são classificados em gêneros de acordo com as características que apresentam (formato, assunto, destinatário, função, intencionalidade...). Existe uma diversidade de gêneros textuais. Eis alguns exemplos: e-mail, blog, crônica, artigo de opinião, carta pessoal, bilhete, manual de instrução, biografia, receita culinária dissertação escolar, resenha, fábula, conto, história em quadrinhos (tirinha), etc.
Tipos Textuais (Sequências Tipológicas ou Discursivas)

Dá-se o nome de sequências tipológicas ou discursivas às formas de organização das estruturas lingüísticas internas do texto oral ou escrito de acordo com sua função e intencionalidade. Assim cada forma de organização textual é marcada por determinadas características linguísticas, como a predominância de certas estruturas sintáticas, classe gramaticais, tempos e modos verbais, expressões, relações lógicas, etc. Dependendo dessas características temos diferentes tipos textuais: narrativo, descritivo, expositivo ou explicativo, argumentativo, conversacional ou dialogal, instrucional ou injuntivo e preditivo.Um gênero textual pode estruturar-se com base em uma ou mais de uma sequência discursiva, entretanto, geralmente uma delas é predominante.

Características das sequências discursivas e alguns exemplos de gêneros em que elas costumam predominar

Sequências Discursiva Narrativa
Definição/Características:
· Conta algo, apresenta os fatos e as ações dos personagens dentro de uma lógica espaço-temporal.
· Há uma relação de anterioridade e posterioridade entre os fatos narrados e, frequentemente, esses fatos mantêm entre si uma relação de causa e efeito.
· Predominância de verbos de ação;
· Presença de circunstâncias espaço-temporais;
· Foco no fato e na ação;
Gêneros em que predominam:
· Fábula;
· Conto;
· Crônica;
· Novela;
· Romance;
· Depoimento;
· Piada;
· Relato, etc.



Sequências Discursiva Descritiva
Definição/Características:
· Caracteriza com atributos; diz como é o objeto a ser descrito, de modo que o leitor o visualize em virtude dos detalhes apresentados.
· Foco no ser;
· Predominância de verbos de estado, adjetivos e circunstancias espaciais.
Gêneros em que predominam:
· Relato de experiências vividas;
· Resenha;
· Reportagem;
· Anúncio classificado;
· Cardápio;
· Lista de compras;
· Folheto turístico, etc.



Sequências Discursiva Expositiva ou explicativa
Definição/Características:
· Apresenta um saber já construído e legitimado socialmente ou um saber teórico.
· Conceitua e transmite informações de modo objetivo.
· A intenção é esclarecer, informar.
Gêneros em que predominam:
· Textos de divulgação científica, de manuais, de revistas especializadas, de cadernos de jornais, de livros didáticos, de verbetes de dicionários e enciclopédias;
· Resumo;
· Carta pessoal.


Sequências Discursiva Argumentativa
Definição/Características:
· Faz a defesa de um ponto de vista, de uma ideia, ou se questiona um fato de forma a persuadir, ou seja, convencer o leitor ou ouvinte.
· Caracteriza-se pela progressão lógica de ideias e requer uma linguagem mais sóbria, objetiva, denotativa.
Gêneros em que predominam:
· Sermão
· Ensaio
· Editorial de Jornal ou revista
· Crítica
· Manifesto
· Monografia
· Tese de mestrado
· Redação dissertativa
· Carta argumentativa
· Blog
· Artigo de opinião


Sequências Discursiva Conversacional
Definição/Características:
· Estabelece diálogo entre os interlocutores.
Gêneros em que predominam:
· Entrevista
· Seminário;
· Peças teatrais;
· Conversa telefônica;
· MSN, Chat, etc.



Sequências Discursiva Instrucional ou Injuntivo
Definição/Características:· Direciona, orienta o leitor e o instrui sobre como fazer algo.
· A marca fundamental é o verbo no imperativo ou outras formas que indicam ordem, orientação.

OBS: injuntivo é sinônimo de “obrigatório”, “imperativo”
Gêneros em que predominam:
· Receita culinária (modo de fazer);
· Manual de instruções de um aparelho;
· Receita médica;
· Bula de remédio;
· Livro de autoajuda;
· Propaganda;
· Horóscopo.


Sequências Discursiva Preditivo
Definição/Características:· Como o próprio nome indica, caracteriza-se por predizer alguma coisa ou levar o interlocutor a crer em alguma coisa, que ainda está por ocorrer.
· Uso de tempos verbais no futuro
Gêneros em que predominam:
· Previsões astrológicas;
· Horóscopo;
· Previsões meteorológicas.

Suporte Textual

Chamamos de suportes textuais os espaços físicos e materiais onde estão grafados os gêneros textuais. Ex.: O Livro, o jornal, o computador, o cartaz, o folder, o outdoor, etc.
Numa concepção ampla de texto, sob o ponto de vista da semiótica, a televisão, o cinema, o rádio também podem ser considerados como suportes textuais.


Fonte: http://mestreeaprendiz.blogspot.com.br/2010/02/generos-textuais.html, acesso em 17.02.2016

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Situação de Aprendizagem : Meu primeiro beijo

Esta situação de aprendizagem foi feita a partir da compilação de atividades executadas pelas componentes do blog em atividades presenciais, para o curso Melhor Gestão, Melhor Ensino – Formação de Professores de Língua Portuguesa.


Situação de Aprendizagem :" Meu primeiro Beijo", Antônio Barreto


Tempo previsto: 4 a 6 aulas
Série/Ano: 7ª./8º.

OBJETIVO


  • Proporcionar análise crítica e contextual da crônica, bem como a identificação dos elementos da narrativa e a compreensão significativa do texto.
  • Desenvolver a competência leitora.
  • Competências e habilidades
  • Conhecer  o gênero crônica e suas características.
  • Reconhecer os elementos da narrativa.
  • Identificar a finalidade de um texto.
  • Inferir informações pressupostas ou subentendidas.
  • Localizar informações explícitas e implícitas no texto.
  • Comparar, relacionar textos com o mesmo tema, buscando semelhanças e/ou diferenças quanto às ideias e a forma. 

Estratégias

  • Estratégias de pré-leitura.
  • Leitura compartilhada.
  • Leitura expressiva.
  • Leitura de imagens.
  • Dramatização.
  • Exposição a situações de discussão coletiva (roda de conversa, debate).
  • Uso de outros textos que remetem o conceito do texto trabalhado, assim como músicas e poemas.
  • Construir o sentido global do texto,
  • Pesquisar informações em diferentes fontes.
  • Debater tema proposto pelo texto
  • Desenvolver habilidades de comunicação, opinião e argumentação orais, 
  • Produção de textos narrativos e de opinião.

Recursos

  • Cópias dos  textos:
  1. “Meu primeiro beijo “
  2. "O primeiro beijo“
  • Dicionário
  • Imagens
  • Internet
  • DVD do filme “Meu primeiro amor”
  • Datashow

Avaliação


Processual :

Se dará por meio de observação da participação, inferência, relatos dos alunos, posicionamento e argumentação.


ROTEIRO PARA A APLICAÇÃO DA SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM


Iniciar  com a música Beijo Roubado, do grupo Rastapé
Ativação de Conhecimentos Prévios
(roda de conversa)

Quais beijos foram citados na música?
Você saberia descrever algum deles?
Existe algum outro beijo que vocês conheçam e que não foi mencionado na música?
O que o beijo significa em nossa sociedade?
Com que idade se costuma despertar o interesse pelo beijo?
O que faz com que beijo seja especial?

Apresentação do livro "Balada do primeiro amor“

  • Antonio Barreto
  • Que tipo de beijo acreditam que será abordado?
  • Como vocês acham que acontecerão os fatos?
  • Leitura do título- "O primeiro beijo"
  • Como foi o primeiro beijo de vocês?
  • Como foram abordados/ abordaram?
  • Onde foi? O que o tornou inesquecível?
  • Quem foi o primeiro a ficar sabendo?
  • Exibir aos alunos imagens sobre relacionamentos e beijos
  • Apresentar as cópias dos texto

Indagação aos alunos

a) O primeiro beijo sempre é bom?
b) Ele tem que ter lugar especial para acontecer?
c) Tem que ser com alguém especial?

Após a leitura silenciosa:

O texto correspondeu às expectativas?  Por quê?
Que desfecho era o esperado?
Que parte acharam mais interessante?
Quais sentimentos foram provocados pela leitura?

Leitura compartilhada

  • Pausada para que haja o levantamento de palavras desconhecidas.
  • Essa palavra prejudica a compreensão do texto?
  • Que outra palavra poderia substituí-la dentro desse contexto?
  • O que faz o menino ser chamado de "cultura inútil"?
  • Qual foi a "cantada" passada por ele?
  • Existe no texto outro discurso? Qual?
  • Considerando o trecho: “as contas do telefone aumentaram, depois diminuíram ... e foi ficando isso.” O que podemos sugerir sobre a relação entre o tempo e a paixão?

Apresentação do filme "Meu primeiro amor"

Leitura feita pelo professor :

"O primeiro beijo"  de Clarice Lispector

Comparação de gêneros

  • Quais são as semelhanças e diferenças de abordagem do tema  entre os gêneros textuais?
  • De qual você mais gostou? Por quê?
  • Quais são os elementos que chamam mais atenção?
  • Existe intertextualidade entre eles? Como ela é estabelecida?

Bibliografia



BARRETO, Antonio. Meu primeiro beijo. Balada do primeiro amor. São Paulo: FTD, 
1977. p. 134-6.
Extraído de http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=22430

ROXO, Roxane. Letramento e capacidades de leitura para a cidadania. Extraído de http://efp-ava.cursos.educacao.sp.gov.br/Resource/404291,35B/Assets/linguaportuguesa/pdf/rojo.pdf acesso em 21.13.2013

Situação de Aprendizagem : "Pausa"

Esta situação de aprendizagem foi feita a partir da compilação de atividades executadas pelas componentes do blog em atividades presenciais, para o curso Melhor Gestão, Melhor Ensino – Formação de Professores de Língua Portuguesa.


Pausa  

                                                                                                                              Moacyr Scliar


Objetivo

  • Estabelecer  estratégias de leitura que promovam o desenvolvimento de habilidades leitoras.
  • Tempo Previsto: 8 aulas                     
  • Série/Ano: 8º/ 9º

Competências e habilidades

  • Conhecer  o gênero conto e suas características.
  • Reconhecer os elementos da narrativa.
  • Identificar a finalidade de um texto.
  • Inferir informações pressupostas ou subentendidas.
  • Localizar informações explícitas e implícitas no texto.
  • Comparar, relacionar textos com o mesmo tema, buscando semelhanças e/ou diferenças quanto às ideias e a forma. 

Estratégias

  • Estratégias de pré-leitura.
  • Leitura compartilhada.
  • Leitura de imagens.
  • Exposição a situações de discussão coletiva (roda de conversa, debate).
  • Uso de outros textos que remetem o conceito do texto trabalhado: Música “Você não está com nada” de Caetano Veloso
  • Construir o sentido global do texto,
  • Pesquisar informações em diferentes fontes.
  • Debater tema proposto pelo texto
  • Desenvolver habilidades de comunicação, opinião e argumentação orais.

Recursos

  • Cópias dos  textos:
  • “Pausa”
  • “Você não está com nada”
  • Dicionário
  • Imagens
  • Internet
  • Datashow

Conteúdo abordado

  • As características do conto
  • Estrutura
  • Elementos da tipologia narrativa
  • Sutilezas  e Subjetividades do gênero
  • competências
  • Leitura
  • Inferências do tema ou o assunto principal, com base na localização de informações implícitas
  • no texto;
  • Identificar as características do gênero conto

Avaliação

  • Processual :
  • Se dará por meio de observação da participação, inferência, relatos dos alunos, posicionamento e argumentação.

Pré-leitura

  • O que este símbolo quer dizer?

Fig. 1




  • Vocês sabem o que é estangeirismo?

Fig. 2



Estrangeirismo é o emprego de palavra ou frase estrangeira e o emprego de palavras ou frases da língua inglesa chama-se anglicismo.
Costumamos usar a palavra “pause” em vez de pausa devido a esse fenômeno.

Linguagem visual


Observe as seguintes imagens  e explique a que tipo de pausa a imagem remetem:


Fig.3



Fig. 4



Fig. 5



Fig. 6




Fig. 7







E essa frase o que quer dizer?

Fig.8





Capacidade de compreensão

  • O que se espera de um texto com o título “PAUSA”?
  • Vocês já leram algum texto do gênero Conto?
  • Conhecem o autor Moacyr Scliar?

Apresentações

  • Do livro
  • Do autor Moacyr Scliar

Capacidade de decodificação

  • Roda de Leitura
  • Leitura compartilhada

Discussão

  • Gostou do texto?
  • O texto correspondeu às expectativa causadas pelo título?
  • O que levava a personagem Samuel a sair todos os domingos pela manhã para dormir em um hotel e se identificar como Isidoro?

2º texto 

Apresentação da música “você não está com nada” de Caetano Veloso.

COMPARANDO GÊNEROS

  • Quais são as semelhanças e diferenças de abordagem do tema  entre os gêneros textuais?
  • De qual você mais gostou? Por quê?
  • Quais são os elementos que chamam mais atenção?
  • Existe intertextualidade entre eles? Como ela é estabelecida?
  • Os dois textos abordam a tentativa de  fuga do cotidiano dos problemas e crises existenciais.
  • Qual a relação que podemos fazer com o nosso dia a dia? Como as pessoas costumam fugir dos problemas ou de sua rotina.
  • Qual a intencionalidade do autor ao colocar o título “Pausa”?

Bibliografia

SCLIAR, Moacyr em BOSI, Alfredo (org). Pausa. Disponível em http://efp-ava.cursos.educacao.sp.gov.br/Resource/413029,A6/Assets/linguaportuguesa/materialep/texto_pausa.pdf . Acesso em 21.06.13

ROJO, Roxane. Letramento e capacidades de leitura para a cidadania. Disponível em http://efp-ava.cursos.educacao.sp.gov.br/Resource/404291,35B/Assets/linguaportuguesa/pdf/rojo.pdf . Acesso em 22.06.13






Meu Primeiro Beijo

Antonio Barreto



É difícil acreditar, mas meu primeiro beijo foi num ônibus, na volta da escola. E sabem com quem? Com o Cultura Inútil! Pode? Até que foi legal. Nem eu nem ele sabíamos exatamente o que era "o beijo". Só de filme. Estávamos virgens nesse assunto, e morrendo de medo. Mas aprendemos. E foi assim...


Não sei se numa aula de Biologia ou de Química, o Culta tinha me mandado um dos seus milhares de bilhetinhos:

"Você é a glicose do meu metabolismo.

Te amo muito!

Paracelso"

E assinou com uma letrinha miúda: Paracelso.  Paracelso era outro apelido dele. Assinou com letrinha tão minúscula que quase tive dó, tive pena, instinto maternal, coisas de mulher... E também não sei por que: resolvi dar uma chance pra ele, mesmo sem saber que tipo de lance ia rolar.No dia seguinte, depois do inglês, pediu pra me acompanhar até em casa. No ônibus, veio com o seguinte papo:

- Um beijo pode deixar a gente exausto, sabia? - Fiz cara de desentendida. Mas ele continuou:

- Dependendo do beijo, a gente põe em ação 29 músculos, consome cerca de 12 calorias  e acelera o coração de 70 para 150 batidas por minuto. - Aí ele tomou coragem e pegou na minha mão. Mas continuou salivando seus perdigotos:

- A gente também gasta, na saliva, nada menos que 9 mg de água; 0,7 mg de albumina; 0,18 g de substâncias orgânica; 0,711 mg de matérias graxas; 0,45 mg de sais e pelo menos 250 bactérias...

Aí o bactéria falante aproximou o rosto do meu e, tremendo, tirou seus óculos, tirou os meus, e ficamos nos olhando, de pertinho. O bastante para que eu descobrisse que, sem os óculos, seus olhos eram bonitos e expressivos, azuis e brilhantes. E achei gostoso aquele calorzinho que envolvia o corpo da gente. Ele beijou a pontinha do meu nariz, fechei os olhos e senti sua respiração ofegante. Seus lábios tocaram os meus. Primeiro de leve, depois com mais força, e então nos abraçamos de bocas coladas, por alguns 
segundos.

E de repente o ônibus já havia chegado no ponto final e já tínhamos transposto , juntos, o abismo do primeiro beijo.Desci, cheguei em casa, nos beijamos de novo no portão do prédio, e aí ficamos 
apaixonados por várias semanas. Até que o mundo rolou, as luas vieram e voltaram, o tempo se esqueceu do tempo, as contas de telefone aumentaram, depois diminuíram...e foi ficando nisso. Normal. Que nem meu primeiro beijo. Mas foi inesquecível!

BARRETO, Antonio. Meu primeiro beijo. Balada do primeiro amor. São Paulo: FTD, 
1977. p. 134-6.
Extraído de http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=22430

Situação de aprendizagem sobre o texto Avestruz

Esta situação de aprendizagem foi feita a partir da compilação de atividades executadas pelas componentes do blog em atividades presenciais, para o curso Melhor Gestão Melhor, Melhor Ensino - Formação de Professores de língua Portuguesa

OBJETIVO

¨  Desenvolver e ampliar a capacidade leitora
¨  Público alvo: Alunos do 6º ano

CAPACIDADE DE DECODIFICAÇÃO

¨  Roda de Leitura
¨  Leitura em voz alta

ATIVAÇÃO DE CONHECIMENTO DE MUNDO; ANTECIPAÇÃO OU PREDIÇÃO

¨  Já leram uma crônica?
¨  O que é um cronista?
¨  Conhecem o cronista Mário Prata.
¨  O que se espera a partir do título?
¨  O que é um avestruz?
¨  Quais são as suas características?
¨  Você tem um bicho de estimação?
¨  Ele compatível com o tamanho de sua casa ou
           ao convívio direto?

CHECAGEM DE HIPÓTESE

¨  Como seria morar em um apartamento e ter um avestruz como animal de estimação?



LEITURA COMPARTILHADA


INFORMAÇÕES SOBRE O GÊNERO TEXTUAL


O texto lido é uma crônica e as características desse gênero textual são:
               
v  Tem por base fatos que acontecem no nosso cotidiano; 
v  Estão presentes nos jornais, revistas e livros;
v  Leitura envolvente, pois utiliza a primeira pessoa e aproxima o autor de quem lê;

Características da cônica

v  Texto curto;
v  Linguagem simples (coloquial);
v  Sátira, Ironia, exposição dos sentimentos e reflexão sobre o que se fala estão sempre presentes;
v  Descrevem fatos do cotidiano.

Localização de Informações no corpo do texto

  1. O narrador compara o avestruz com outros animais.  Que animais são estes?
  2. O que o narrador pensa a respeito do avestruz
  3. Identifique no texto:
3.1 Personagem
3.2 Foco narrativo
3.3 Tempo
3.4 espaço

 4. Por que o menino muda de ideia aos saber dos hábitos alimentares da avestruz?
5. Encontre no texto duas características do gênero crônica.


APRECIAÇÃO E RÉPLICA


¨  O que a mãe achou da ideia de seu filho em ter um avestruz como animal de estimação?
¨  Qual dos argumentos utilizados pelo narrador convenceu o garoto?


APRECIAÇÃO ESTÉTICA





DIÁLOGO COM OUTRAS MÍDIAS

Reportagem: criação de avestruz, disponível em

COMPARANDO GÊNEROS

Comente a linguagem usada no texto de Mário Prata e a linguagem da reportagem Criação de Avestruz.

PRODUÇÃO TEXTUAL

¨  Mantendo o tema utilizado pelo autor Mario Prata em seu texto Avestruz, produzam, em dupla, uma crônica sobre o desejo de possuir uma animal de estimação que, por algum motivo, não seja adequado ao convívio direto.

¨  Dê um título ao seu texto.


COMPARTILHAR TRABALHOS

AVALIAÇÃO

¨  Processual
¨  Autoavaliação
¨  Formativa


Bibliografia

PRATA, Mário. Avestruz. 5ª série/ 6º ano,  vol. 2 Caderno aluno p. 9 Caderno do Professor p. 18                    
                                                                                                               
Proposta Curricular – Ensino Médio / Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries) – Cenp – SEE- SP
1981-1999

ROJO, Roxane. Letramento e capacidades de leitura para a cidadania. Disponível emhttp://efp-ava.cursos.educacao.sp.gov.br/Frame/Component/CoursePlayer?enrollmentid=529245 - acesso em 21.06.13

VOLARINHO, Sabrina. Disponível em